domingo, 18 de março de 2012

Resenha: Não Me Abandone Jamais (Filme)


Sinopse: Quando criança, Kathy(Carey Mulligan) vivia em Hailsham, escola particular inglesa em que os alunos eram afastados do mundo externo e levados a acreditar que eram especiais e que a existência de cada um era crucial para a sociedade. Agora com 28 anos, Kathy já não pensa mais no passado, mas quando dois amigos de infância voltam à sua vida, é difícil não lembrar do que ficou para trás. Ao reviver a grande amizade com Ruth(Keira Knightley) e ver a queda que tinha por Tommy(Andrew Garfield) quando adolescente se transformar em amor, ela passa a reviver seus anos em Hailsham. Dirigo por Mark Romanek.


Eu sempre gostei de filmes diferentes. Aqueles mais obscuros, mais tensos, aqueles que mexem com seu psicológico e fazem você sentir exatamente aquilo que eles querem que você sinta: seja tristeza ou seja medo. Quando eu vi o trailer de Não Me Abandone Jamais eu previ que seria um filme triste. Não que eu seja especial, mas todos os elementos do trailer te levam a esse pensamento.
O filme começa pelo final. Não exatamente pela última cena, mas por uma delas. E então Kathy H. começa a se lembrar de sua infância, a qual passou em Hailsham, um colégio interno onde todos fazem as crianças acreditarem que elas são especiais, mas elas não são tão bobas assim. Quando pequena, sua melhor amiga era Ruth, uma daquelas garotas que não suporta que ninguém tenha o que ela não tem.
Já Tommy era um garoto diferente dos outros. Rejeitado pelos meninos e motivo de risada das meninas, Tommy encontrou o conforto da amizade em Kathy. Com os dias passando e o amor começando a brotar nas duas crianças, Ruth, invejosa como sempre, conseguiu roubar Tommy pra si.
Com o passar do tempo, os três se mudam de Hailsham, e se preparam para o futuro que lhes foi traçado desde o momento em que nasceram. Eles nasceram com apenas um propósito: ser doadores de orgãos. Kathy, não suportando mais viver tendo que ver Ruth exibindo Tommy, decide se candidatar a Assistente. Sua função como tal é acompanhar aqueles que já são doadores durante suas operações. Anos depois (acho que são 10, perdão, não me lembro exatamente), sem ter mais nenhum contato com o casal, ela encontra registro de Ruth e vai atrás da antiga melhor amiga e assim, reencontra seu antigo e eterno amor, Tommy.
Esse não é um filme comum. Esse não é um filme de final feliz. Ele vai te irritar, te provocar e te fazer chorar.De forma um pouco inusitado pois, o filme não é exatamente animado ou rápido. Ele é parado, calmo, sóbrio. E é mais provável que você não goste do filme, mas isso é normal. Ele não é um filme para se gostar e ver mil vezes. É um filme para ser compreendido. A mensagem que ele passa é simplesmente linda e, principalmente, verdadeira. E, na minha opinião, o mais fascinante sobre o filme, é ver do que o ser humano é capaz pra ser manter vivo, mesma que outro ser tenha que ser gerado para ser sacrificado em seu benefício.
Esse é o tipo de longa que todo mundo tem que ver. Se você é dramatico ou gosta de chorar, é o seu tipo de filme. Se você não gosta, experimente, deixe-se levar pela história dessas três crianças. Você nunca vai saber se não tentar.

Beijos, Ana.

Nenhum comentário: