quarta-feira, 14 de março de 2012

Resenha: O Céu Está em Todo Lugar, de Jandy Nelson.

Sinopse: Às vezes é preciso perder tudo, para encontrar a si mesmo... Lennie Walker, obcecada por livros e música, tocava clarinete e vivia de forma segura e feliz, à sombra de sua brilhante irmã mais velha, Bailey. Mas quando Bailey morre de forma abrupta, Lennie é lançada ao centro de sua própria vida, e, apesar de não ter nenhum histórico com rapazes, ela se vê, subitamente, lutando para encontrar o equilíbrio entre dois: um deles a tira da tristeza, o outro a consola. O romance é uma celebração do amor, também um retrato da perda. A luta de Lennie, para encontrar sua própria melodia em meio ao ruído que a circunda, é sempre honesta, porém hilária e, sobretudo, inesquecível. 
Eu poderia dizer que é difícil eu me apaixonar por alguns livros, mas não é. É muito fácil. Pelo menos para mim, é claro. Com esse não foi diferente.
Eu tinha visto ele em um supermercado local (justo no que tem ao lado do meu trabalho) e achei bem interessante a capa e um trecho que haviam colocado no verso. Até resolvi comprar para dar de aniversário para uma amiga, mas foi aquele momento que você acha que o presente combina mais com você do que com o aniversariante, e então você compra para você.
"Eu deveria estar de luto, não me apaixonando". É a frase tema da história, por assim dizer. Lennie é aquele tipo de garota que você vê frequentemente na rua, na escola, no trabalho. Aquela mais quieta, sempre com um livro debaixo do braço ou com alguma coisa que aprecie, como, por exemplo, um instrumento musical, no caso de Lennie Walker. Lennie é uma garota brilhante, uma excelente clarinetista, apesar de nunca batalhar por uma posição realmente boa nas apresentações. Mora com a avó e o tio namoradeiro, por conta da sua mãe ter desaparecido há alguns anos. Mas seu brilho todo é ofuscado pela irmã mais velha, Bailey. Bailey é linda, talentosa, uma perfeita atriz e que, apesar de ter um namorado, tem vários garotos aos seus pés, seguindo-a por onde quer que ela vá. No trabalho, na escola, nos ensaios das peças...
Mas uma fatalidade acontece: enquanto ensaiava, Bailey sofreu um ataque cardíaco fulminante e acaba morrendo. Lennie fica desolada, assim como o resto da sua família. O tempo passa, e um mês depois, ela volta para a escola, onde um garoto novo e francês, Joe, que faz parte da banda da escola começa a mexer com ela. Conforme ela vai se envolvendo com ele, o ex-namorado de Bailey, Toby, começa a se aproximar dela e acabam se envolvendo também, mas não com outras intenções; na verdade, os dois estão procurando uma forma de lidar com o luto.
A história é linda. O modo como Jandy narra tudo, na visão de Lennie, faz com que você sinta todas as dores de Lennie, todos os anseios, e principalmente todos os medos dela. O que ela sente por Joe, mas também sente por Toby, embora não seja um sentimento puxado para o lado romântico. O modo como Lennie lida com o luto e descobre coisas a respeito da irmã que nunca imaginava.
Entre um capítulo e outro também há alguns textos escritos pela protagonista, junto de imagens de onde foram escritos, variando de folhas de notas musicais a copos de café, com poemas, textos e diálogos que ela teve com a irmã antes de morrer, ou sobre seus pensamentos, sobre o que ela está sentindo a respeito de tudo o que está acontecendo na sua vida, inclusive sobre a morte de Bailey. São todos muito lindos (perdi a conta de quantas vezes chorei lendo um deles).
O Céu Está em Todo Lugar é realmente uma história linda. Está no topo da lista dos meus romances não-sobrenaturais preferidos, e toda vez que o pego para ler, mesmo que um trecho ou outro, me apaixono novamente pela história como se fosse a primeira vez que a leio.
Para as românticas (ou românticos), indico totalmente. É uma ótima opção para você que quer fugir do sobrenatural um pouquinho.

Beijo, Pan.

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